Julgar é preciso?
Julgar é preciso? Até que ponto somos plenamente capazes de julgar um outro? Ao que tudo indica e a realidade tem nos mostrado que nós vivemos em meio a um contexto de relações nas quais julgamos e somos muito julgados ao mesmo tempo. E dentro deste cenário penso que são ações pouco inteligentes, e isso por vários motivos. Não é em nada admissível julgar alguém, isso é uma abstração. Isso porque não somos tão perfeitos assim. E mesmo porque cada pessoa tem o livre direito por sua natureza de ver o mundo a partir de seu ângulo. Se está certo ou não o modo de ver ai é uma outra coisa. É como se cada um de nós tivéssemos uns óculos que impusessem essas lentes para toda relação existente e até quando olhamos para dentro de nós mesmos. Sim, isso mesmo olhar primeiramente para dentro de nós mesmos. Do meu ângulo, cada percepção é sempre interpretação: e mesmo que eu me esforce muito para compartilhá-la, sempre será a partir da minha narrativa; o outro nunca terá acesso às minhas próprias lentes. Isto é fato! Julgamos insuportável em alguém o que antes era ou é insuportável em cada um de nós. O julgamento que fazemos de outros é possível conceder uma breve e ilusória sensação de que somos perfeitos. No entanto, não podemos esquecer que a mesma pedra que muitas vezes atiramos nos telhados dos outros atiramos em nossos próprios telhados. E os estragos poderão ser enormes...