Setecentos

Se-te-cen-tos. Sete, zero, zero. É o contrário daquele agente secreto. E é também o número de vezes que eu escrevi no R.L. Isso mesmo, setecentos texto que criei, setecentas vezes em que  argumentei, versejei, narrei, dialoguei, tudo o que eu pensei e o que eu sentir.

Setecentas é a cilindrada de motos que eu gosto, é um modelo bacana de rifle Remington, é o preço que eu paguei num par de tênis de corrida e também o número da canção do Caetano Veloso “Podres Poderes”  [Setecentos é um/Queria querer gritar/Setecentas mil vezes/Como são lindos/Como são lindos os burgueses/E os japoneses bonito...], posto que tem o sete, que é o número de pecados (será que tem algum que eu não cometi? Preciso ver isso daí) e o zero, que sempre me lembro dos meus filhos.

Esses dias, como eu sabia que ia escrever o texto 700, perguntei pra alguém o que esse número queria dizer. Aí ela fez aquele ritual e me disse:

“Meu caro, o número sete simboliza o conhecimento, o aprendizado e a sabedoria interior, o desenvolvimento espiritual, o despertar e a cura. Já os zeros simbolizam os finais, os novos começos e as mudanças de fases. Ou seja, esses números juntos, formando o 700, são uma mensagem de seus anjos da guarda, pedindo que você seja paciente, porque em breve experimentará as recompensas por suas ações nessa vida.”

Poxa, aquilo me deixou muito contente. Será que finalmente eu vou ser recompensado por tudo o que eu fiz?

Ah, tomara, tomara...

 

*Texto de José Roberto Torero Fernandes Jr. (Jornalista / Escritor / Cineastra / Santista).

*Adaptação de Sérgio Russolini. (Observador / Guardião / Sonhador / Santista).

 

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 05/06/2023
Reeditado em 05/06/2023
Código do texto: T7806518
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