A BELEZA QUE ENCANTA

Em toda época que permaneci na casa de meus pais, bem nos miolos do nordeste, tive a grata e feliz alegria de assistir aos mais belos espectáculos visuais que a natureza tem sempre o poder de oferecer, gratuitamente, em todas as alvoradas e, também, em todas os entardeceres.

São esplendorosas visões e sons inconfundíveis que a natureza brindava e enchia os olhos daquele inocente menino que nada tinha a fazer mas se deliciava com tamanha dádiva celestial. Visões essas que surgiam no céu tal como uma cortina que lentamente se abre mostrando uma cena negra que lentamente passa a se iluminar com um especial luzídio rosado, vislumbrando a todos com uma beleza ímpar a se expandir para uma plateia gigantesca mundo afora.

Tudo isso ainda ocorrerá por muitos bilhões de anos, sendo assistidos pelos terráquios no decorrer da existência de nosso Sol que aparece e se despede de seus admirados assistentes nos seus entardeceres e amanheceres com a mesma coloração que se repete no céu do oriente e do ocidente, junto com o colorido e esplendoroso movimento e cânticos de animais e de aves que certamente sentem a mesma alegria de nós, humanos.

Esse momento de gratuita beleza não é possível de se ver nas grandes cidades com suas imperdoáveis poluições que se rastejam até ao chão das grandes cidades espalhadas no nosso planeta. Mas nos interiores ainda é possível acordar bem cedo para assistir ao espectáculo permanente que enche os olhos de quem é admirador da beleza natural que vem dos céus.

Bendito seja o esplendor das alvoradas.