Bares velhos

Velhos bares.

Que bons ventos me trazes?

As paredes continuam as mesmas, com as cores desgastadas e os rejuntes empapuçados de poeira.

Os velhos vinhos empoeirados nas prateleiras, mostram que por aqui todas as coisas continuam as mesmas.

Fui atendido pela mesma garçonete de tempos atrás: uma negra corpulenta com um sorriso afável e olhos infantis.

A mesma de uns bons quinze anos atrás.

A mesma que me atendia quando eu escrevia com os uniformes do colégio escondido na mochila, enquanto tomava uma cerveja depois do colégio.

E em meio a uma das minhas músicas, me vi inundado de álcool e nostalgia.

Tudo continua normal no bar feio.

A trilha sonora é a mesma de sempre: o mesmo falatório, pessoas falando do resultado do jogo do bicho das 14 horas. O sol ainda bate na mesa da ponta esquerda. Manolo, continua um "amor de pessoa" atendendo aos clientes, com a mesma cara de poucos amigos, e poucos sorrisos.

Só o que mudou, foi a companhia, a marca da cerveja e do cigarro. Mas as coisas, continuam as mesmas.

O bom e velho vai e vem dos pedestres, enquanto meu eu jaz aqui.

Entre as garrafas e me lembrando de todas essas unicas que fazem esse lugar ser o que é.

E mesmo ainda hoje, numa tarde de sexta feira qualquer, eu ainda lembro com saudades de todas as alegrias e tristezas que esse velho balcões de madeira já presenciaram desde minhas tranças até o meu cabelo calvo.

É.

Estou ficando velho

Marcos "TINGUAH" Vinicius

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 02/06/2023
Código do texto: T7803999
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