Berço vermelho e a cultura da soja
Olhei o pôr do sol e viajei na imaginação, voltei ao passado.
Na minha cachola ela aparenta vermelha, porosa, pequenas partículas esperando a semente cair tal qual uma gestante espera seu rebento.
Senti o cheiro da terra, o chinelo se transformou numa botina amarela com sola grossa de barro vermelho.
No galpão a plantadeira ainda estava acoplada ao trator, ao lado a velha grade carente de banho para soltar as fatias de terra que ficaram nos disco cortante que arou e preparou aquele “berço” vermelho.
Pela janela eu via, a mãe natureza dando de “mamar” com suas gotas de água milagrosa vindo do céu.
Estiquei meus braços e agradeci ao meu Pai todo poderoso, minha plantação vai vingar.
Ainda tem gente que duvida da força do agro, já cansado passei o bastão e terra com certeza continua como antes, onde a estrada que era de poeira vermelha o progresso trouxe asfalto e temos alimento bem perto de casa, mas não consigo esquecer meu jeitão de roceiro mesmo morando na cidade. Fico orgulho quando dizem: Ali mora o velho agricultor!!!!!!
Essa oleaginosa também é importante para outros países. A exportação do grão e utilização dele foi responsável, inclusive, pela diminuição da fome endêmica na década de 1980 por conta do baixo custo e alto valor nutricional. Além de servir, hoje, como base da composição da maior parte das fórmulas para a ração animal, girando a cadeia alimentar mundial.