"Só para sapatos..."
Ao afirmar que seu salário de aproximadamente R$ 37 mil reais só lhe é suficiente para comprar brincos, sapatos e anéis, a procuradora goiana debocha dos milhões de brasileiros que sobrevivem com menos de um salário mínimo; mais ainda, debocha dos outros milhões de famintos do país.
Certamente a meritíssima deve falar para seus empregados, que o salário-mínimo é o máximo que ela consegue pagar a eles, e que, se economizarem, conseguem viver bem com esta renda (será que assina a carteira de trabalho deles?).
Enquanto brasileiro tratar servidores públicos de "doutores", considerando-os quase divindades intocáveis e inacessíveis, ouviremos estes deboches desse tipo mesquinho de gente. Enquanto brasileiro achar que reitor de universidade pública tem que ter vaga de estacionamento diferenciado dos outros servidores, continuaremos assim.