NÃO SEI O QUE FAZER DE MIM

Se não podemos fugir do que somos, o que eu faço de mim? Nem tinha nascido e me alienaram à um nome, enquanto vida tivesse.

Sou antimatéria. Energia atômica. Uma arma engatilhada. Um tigre prestes a dar o bote. Um apocalipse. Caos.

Quero me reinaugurar e me reconstruir toda. Mas por enquanto só conheço a morte do sono. Morro todas as noites.

Peço vênia, quero nascer de novo. Mas desta vez, feito uma estrela de brilho pululante para enfeitar o céu escuro.

Adenize Cardoso
Enviado por Adenize Cardoso em 30/05/2023
Código do texto: T7801480
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