A pescaria

A pescaria

 

Outro dia fomos pescar. Preparativos pra isso, uma dezena de vezes indo até o carro e voltando, carregando coisas, e voltando mais uma vez quando ele deu partida no carro; esqueci o boné… Quando chegamos ao rio Santa Luzia, escolhemos uma prainha de areias brancas e finas como pó compacto. O sol iluminava e também deitava sombras bonitas nas margens do rio e no pequeno bosque que o circunda. O sol, que nos faz vitamina D… pensei: D, de Deus! E depois, um incessante por isca no anzol e tirar piabas, nós dois, brincando de pescadores, felizes da vida!… Limpamos e fritamos uma travessa cheinha de peixes e comemos ali mesmo. Comentei que estávamos vivendo a ancestralidade: pescar, preparar o peixe e comer. Quantas pessoas nunca saberão o que isso significa!… depois, deitamos no chão do bosque, numa sombra, e dormimos. Ao voltarmos pra casa, ele comentou: “estamos completamente embriagados de paz!” Achei isso tão espetacular! Porque como pode alguém se sentir embriagado sem ter tomado uma gota sequer de álcool ou qualquer outra substância “psicodélica”? Só mesmo alguém conectado ao bom Deus, Nosso Senhor! E eu estou em igual sintonia!

 

Cassiå Cāryn̈e

Cassia Caryne
Enviado por Cassia Caryne em 29/05/2023
Código do texto: T7800237
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