A DISTRAÇÃO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Preliminarmente é importante saber: "Se alguém tem ouvido para ouvir, ouça". (MARCOS, 4, 23).
Esta é a recomendação de Jesus Cristo à luz do texto sagrado diante das vantagens concretas profanas em todos os sentidos da realidade na visão de mundo pela humanidade.
A distração individual, assim como a coletiva tem levado muita gente ao fundo poço na vida pessoal, familiar, política, profissional, educacional, religiosa, etc, em todos e ou quase todos relacionamentos, escolhas e decisões.
A distração é a maior droga entre todas as drogas que a humanidade conhece e isso tem feito milhões de pessoas fazer vistas grossas em sua maneira de viver e tomar suas decisões e aceitar tudo que lhes impõe, perde o senso sobre o certo e aceita o errado.
As ditaduras e as democracias de centro, de esquerda e de direita, tem origem diante da distração da massa que não pensa por si só, quer receber tudo pronto como a mesa posta na casa paterna.
Na política a distração do povo faz o governo distribuir dinheiro, via o CadÚnico, cadastrando os invisíveis da população e até os visíveis não muito honestos que são pobres para fazer o referido cadastrado e ricos para se exibirem com carros do ano e roupas de grifes importadas.
Outrossim, a política partidária existe apenas para divisão do povo distraído em períodos eleitorais.
A política não é profissão como ciência, porém, no Brasil é profissão.
Uma vez passadas as eleições, eles se juntam em blocos ou federações de partidos de esquerda, de centro e de direita, tudo é farinha do mesmo saco, para dividir o Fundo Partidiário, auto-anistiar seus interesses à margem da legislação eleitoral ou não, por exemplo, o descumprimento da lei da citas para mulheres em cada partido político.
E não fica por aí, a corrupção como fábrica de acordos intermináveis as caladas da noite, já que durante o dia as horas são poucas.
E assim o povo distraído com bolsa família, bolsa escola, vale gás, descontos ínfimos no gás de cozinha, gasolina, óleo diesel, etc, nada vê e também nada escuta. Diante disso, o governos, via os poderes constituídos do regime republicano ou não, deitam e rolam.
Porque a distração popular faz o governo destruir tudo sobre todas as formas antes constituído e perfeito, impondo suas reformas intermináveis dos sistemas: educacional (estão brincando de tirar leite de pedra), previdência social, trabalhista, ministérios, finanças, saúde, transportes, reforma grária (invadindo terra produtiva), meio-ambiente, justiça, segurança pública, etc, etc, como o caso do esgotamento sanitário e o fim dos lixões no Brasil.
A distração popular mantém o preconceito em todos níveis e espécies, inclusive a demarcação da terra indigena que não se concretiza de fato e de direito, e isso vem desde 22 de abril de 1500, portanto, faz 523 (quinhentos e vinte e três) anos de sofrimento e injustiça da raça indigena, quase extinta.
O discurso é um e a prática é outra, o pau só quebra do lado da massa que não escuta e se escuta aceita tudo e paga tudo sem desconto.
A distração do povo faz este mesmo povo acreditar que pode viver bem recebendo um salário mínimo por mês e ou receber R$ 600,00 (seiscentos reais) dos programas sociais para pagar aluguel de casa, taxas de água, energia elétrica, esgotamento sanitário, transporte, lazer, etc.
Ledo engano, os distraídos visiveis e invisíveis sabem que tudo isso é impossível na realidade em que se vive na atualidade nas grandes e pequenas cidades e favelas ou comunidades.
A festa da corrupção acaba com os sonhos dos manipulados e ou não, porque as discussões das políticas são as mesmas das religiosidades que prometem o céu para todos sem Deus saber.
É ilusão acreditar que acabaram com os lixões e esgotamento sanitário a céu aberto.