A MINHA AMÉLIA
"As vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade".
Essa música do Mário Lago e Ataulfo Alves retrata a mulher dos sonhos de muitos homens.
Confesso que já quis ter um mulher assim e fiz algumas tentativas pra achar, sem êxito.
A vida acabou colocando do meu lado uma mulher que de Amélia não tem nada.
Nunca vai achar bonito não ter o que comer, apesar de, caso aconteça, vai chiar, reclamar, bater o pé, mas acho que não me largaria por conta disso.
Se me vê contrariado, ao invés de se conformar dizendo "o que se há de fazer", vai querer saber o que está rolando, certamente querendo ajudar a resolver a situação.
Tem sua vaidade, o que respeito e gosto de apreciar.
A minha mulher de verdade tem pouco da Amélia daquela canção, mas não a trocaria por outra.
Aprendi a amar a cara-metade com tudo aquilo que é, mesmo nem sendo sempre da forma que mais gostaria.
Isso tem garantido que a nossa história não fosse por água abaixo.
Acabei tendo uma Amélia do meu jeito e somos bem felizes assim.