Crônica de Roma
O que dizer de Roma?
Não fosse a idade que carrega, seu estilo medieval e sua riqueza histórica, eu diria que é pouco do Brasil dentro da Itália. Povo alegre, barulhento, trânsito agitado e muita religiosidade envolvida. Tudo se resume a um único objetivo: sustentar a economia e a fé. Andar pelas ruas de Roma, é sinônimo de bom condicionamento físico, é como andar nas cidades históricas de nossa Tiradentes/MG e Salvador/BA. Subidas, descidas e escadas, retratam um cenário de cidade milenar, ainda que com alterações contemporâneas. Conhecer o Coliseu, observar aquela construção que impressiona aos olhos do visitante, não tem como escapar de uma viagem no tempo e logo ver no imaginário, homens e leões lutando pela sobrevida. O que parecia ser apenas um conhecimento exagerado dos livros de história, torna-se bem real. O Vaticano, ah o Vaticano! Uma cidade à parte. Diz-se a cidade da fé. Tudo gira em torno da fé. Ser a residência papal, é o grande elo econômico da cidade. Se ficar perdido em Roma, basta colocar no Google “cidade do Vaticano”, ele te coloca em frente à janela do Papa.(risos)Porém, Suas colunas gigantescas, suas igrejas belas e ricas e toda sua arquitetura compõe um conjunto de obras a céu aberto que encanta aos olhos de todo visitante, independente da crença. Visitar o interior de cada museu e de cada igreja na cidade de Roma, seria uma tarefa impossível para o visitante. Conhecer Roma, é entender um pouquinho da origem do que somos hoje.
Mas, Roma também tem a pizza. Aí está a grande diferença entre Brasil e Roma. Pizza sim, a duplinha feijão X arroz, não. Os preços da pizza variam entre sete e catorze euros, em reais, em torno de trinta e cinco e sessenta reais. É servida como porção individual, uma pizza, uma refeição. Estamos acostumados a dizer: “não consigo comer mais que dois pedaços” , verdade, a nossa pizza, para muitos um pedaço é suficiente. Massa demais, recheio demais e borda demais, um exagero de pizza. Já a Pizza de Roma, massa finíssima, crocante, recheio na medida, come-se tranquilamente seus oito pedaços e ainda acompanhada com um bom vinho da casa. Nenhum desconforto ou sensação de estufamento. No primeiro dia de visita você vai dizer: não, não vou almoçar pizza, pizza não é almoço. No último dia está comendo pizza no café da manhã, no almoço e no jantar. Posso garantir, que em nenhum outro lugar vai saborear uma pizza melhor do que a de Roma. Com certeza há outros pratos, outras variedade gastronômicas, mas, confesso que não vi em nenhum menu por onde passei. Se for a Roma, sirva-se de fé e pizza!