QUEM PLANTA, COLHE
O prazer esquisito, doentio e estranho que um elemento possa ter, ao pilotar uma moto barulhenta, passando várias vezes pela mesma rua de um bairro tranquilo não faz o menor sentido aos ouvidos das pessoas que pretendem dormir mais um pouco, após uma curta noite de sono por ocasião das festas natalinas. Mesmo assim, tal elemento insiste e repete o seu gesto tresloucado. Quando o silêncio volta ao normal, eis que, de repente ele surge lá do final da rua e faz o seu percurso sem sentido, causando aquele barulho infernal e irritando, importunando os tímpanos de qualquer ser humano. Menos o dito cujo, que só pode ser um doente, um sádico qualquer que não tem o que fazer da vida a não ser importunar aos outros. Depois que acontece alguma coisa, um acidente, um atropelamento por causa de uma atitude irresponsável, aí vêm alguém e diz que “Deus não ajuda”. Está escrito lá no Livro Sagrado: “Faça por ti que eu te ajudarei!”. Portanto, cuidado, quem planta, colhe!