CRÔNICA – O Brasil pelo avesso

CRÔNICA – O Brasil pelo avesso - 21.04.2023 (PRL)

Causaram-me bastante estranheza, nos últimos dias, o adiamento da sessão de leitura dos requerimentos de CPMI, pelo Congresso Nacional, cujo presidente é o Senador Rodrigo Pacheco – PSD-MG --, que deixou para o dia 26.04.2023 esse compromisso, dando tempo em demasia para que os governantes interessados possam pressionar deputados e senadores no sentido de negociar a retirada de suas assinaturas das tais petições; também não passou despercebida a liberação de imagens das câmeras de televisão, do dia 08.01.23, para a mídia, quando tivemos oportunidade de ver a presença membros do governo atual nas cenas dos crime, convivendo tranquilamente com a situação, inclusive do Chefe do GSI, General do Exército Brasileiro, Senhor Gonçalves Dias, que teria renunciado ao poder.

Em seu lugar, por enquanto, fora nomeado pelo presidente Lula, o paisano Ricardo Capelli (Ex PC do B-MA), que havia sido interventor da Capital Federal, ele que é amigo do Ministro da Justiça e da Segurança Pública, o ex-governador do Maranhão, Dr. Flávio Dino (PSB-MA), (Ex PC do B), e que na verdade é Senador da República, eleito que foi nas últimas eleições, pelo seu estado natal. Não se sabe qual a experiência desse cidadão numa área de tão significativo interesse do Governo Federal, eis que abriga fatos e atos sigilosos. Aliás, como interventor que foi da Capital Federal, penso que não deveria ter sido nomeado para esse cargo. Aliás, esse nome sugere uma marca de roupa tipo italiana (Capelli, não fica bem?!).

Penso até que essa comissão deva ser exercida por um militar de confiança, mas estamos no Brasil, onde o próprio Ministro da Defesa é um paisano, o pernambucano Doutor José Múcio Monteiro (PTB-PE), em face de sua facilidade de manter contato com a área militar, desculpa que a meu entender só serve para enganar os trouxas; o que há sim é falta de confiança nos nossos bravos soldados, que são os verdadeiros responsáveis pelo cumprimento de nossa Constituição. Sabe-se que o Doutor Múcio foi presidente do Tribunal de Contas da União, cargo responsável pelo exame e aprovação ou não de todas as contas governamentais.

A verdade é que o clima em Brasília esquentou e muito nas últimas horas, havendo até movimentações na Câmara e no Senado no sentido de propor o Impeachment do mais alto mandatário do país; e o Doutor Pacheco na Inglaterra participando de encontros de alta cúpula. Aliás, há comentários, segundo ouvi no noticiário da imprensa, que esse político estaria sendo indicado para o Supremo Tribunal Federal, aumentando ainda mais maioria em termos de apoios ao governo que aí está. Entendo não seja a hora de o Senado sabatinar ninguém para o cargo, decorrente da aposentadoria do Ministro Lewandowski, antecipadamente requerida, esse que foi nomeado pelo atual Presidente da República.

Enquanto isso, o MTST vai invadindo propriedades até produtivas e de conservação ambiental, como é o caso das terras da EMBRAPA, responsável pelas pesquisas agropecuárias brasileiras, que deu nova dinâmica à produção nacional. No momento, estão em negociação com o Dr. Haddad (PT-SP), Ministro da Fazenda, no sentido de desocupar uma área invadida, quando deveria ser trabalho da polícia. Aliás, o Stédile andou na comitiva do presidente na recente visita à China, sendo homem de confiança.

Enquanto a política pega fogo na Capital da República, corre no STF uma ação movida por uma entidade sindical da área da metalurgia, pleiteando a retomada do Imposto Sindical, aquele que obrigava o empregado a recolher o equivalente a um dia de serviço por ano cofres da entidade, procedimento que foi abolido pela reforma trabalhista. Por enquanto o placar está 3 x 0 a favor da cobrança. O Ministro Alexandre Moraes pediu vistas para dar o seu voto.

Fico por aqui. Um abraço.

Foto: Senado Federal - Internet/Google

SilvaGusmão