Músicos Brasileiros: Manoel Joaquim de Macedo; Oscar Lorenzo Fernández; Dimitri Cervo; Carlos Gomes; Alberto Nepomuceno; Brasílio Itiberê; Chiquinha Gonzaga; Manoel Dias de Oliveira; e, José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita.
Antes de qualquer outra coisa: Não errei o primeiro nome: É Manoel Joaquim de Macedo um músico brasileiro, de quem ouvi, ontem, domingo, 14 de Maio de 2.023, "Le ruisseau op. 142", a interpretá-la Adonhiram Reis e Katia Balloussier. O Joaquim Manuel de Macedo, nome que me veio à mente ao ler Manoel Joaquim de Macedo, é o nosso querido escritor, pai da moreninha mais famosa do Brasil.
Ditas as palavras que abrem esta crônica, empenho-me na tarefa de dizer, em poucas linhas: adquiri o bom hábito, salutar, de ouvir ótimas músicas brasileiras das quais só agora, às portas do meu quinquagésimo aniversário natalício, tive o prazer de ouvir, e de cujos autores em sua maioria eu, em meu prejuízo, jamais lhes ouvira os nomes.
Além de Manoel Joaquim de Macedo, nome que facilmente se confunde com o do autor de A Lanterna Mágica e que eu não, até há poucos dias, tinha ouvido, e tampouco visto impresso, eu soube de outros extraordinários músicos brasileiros: Oscar Lorenzo Fernández, de quem ouvi "Batuque"; Dimitri Cervo, de quem ouvi "Renova-te", sob a regência de Wagner Polistchuck; Brasílio Itiberê, de quem ouvi "A Sertaneja", Arthur Moreira Lima Jr. a interpretá-la ao piano; e dois músicos da arte sacra: Manoel Dias de Oliveira e José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita - do primeiro ouvi "Magnificat", e do segundo "Salve Regina".
Além das músicas acima citadas dos seis músicos aqui já mencionados, ouvi músicas dos meus já conhecidos Carlos Gomes ("Sonata para Instrumentos de Corda"), Alberto Nepomuceno ("Prece", e "Galhofeira", ao piano por Arnaldo Estrella) e Chiquinha Gonzaga ("Saci-Pererê", Clara Sverner a interpretá-la ao piano).
Nos dois parágrafos que se seguem a este, ocupo-me a escrever algumas informações sobre as músicas, que ouvi, a de Carlos Gomes, no primeiro, e a de José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita, no segundo, ambas acima citadas.
Interpreta a "Sonata para Instrumentos de Cordas" o Quarteto Bessler-Reis, sendo os dois violinos, o primeiro, Michel Bessler, e Marie-Christine Springuel, o segundo; e a viola, Alceu Reis; e há o violoncello (não sei às mãos de quem - não encontrei tal informação). Está a música em quatro partes: allegro animato; allegro scherzoso; adagio lento e calmo; e, burrico de pau (vivace).
De "Salve Regina" é a soprano Rosana Orsini; a mezzosoprano, Nerea Berraondo; Luciano Botelho, o tenor; Pedro Ometto, o baixo-barítono; e os violinos, dois, Dhenys Stetsenko e Meritxell Genis; e a viola, Nuria Pujobias, e o violoncello, Carlos Montesinos; e Bruno Forst, o continuista.
Ouvi, com muito agrado, encantado, todas as músicas que aqui citei. E pergunto-me porque tais preciosidades não estão aos ouvidos de todos os brasileiros.