Mealheiro Mágico
CONTAVAM no sertão pernambucano que um fazendeiro muito avarento guardava seu dinheiro dentro de um colchão. Resultado, a moeda mudou e ele perdeu seu dinheiro, a bufunfa do colchão não ficou valendo nada. Ainda há hoje pessoas que teimam em guardar dinheiro em casa, mesmo na época do PIX, cartões e toda espécie de meios tecnológicos de transações financeiras. É como se voltasse ao tempo dos mealheiros das crianças.
Lembrei disso ao tomar conhecimento que sabidões da política estavam transacionando com dinheiro vivo usando como operadores assessores e capachos, alguns até militares. Contas e despesas pessoais e mordomias eram pagas em dinheiro vivo por capachos. Detalhe: até empresas pagavam essas contas, em dinheiro vivo. Está tudo no inquérito da PF feito por determinação da justiça. Esse mealheiro mágico precisa ser quebrado e seus responsáveis exemplarmente punidos. Esse escândalo vai aumentar, vão descobrir muita mutreta. Só espero que não se puna apenas os operadores, os servis milicianos, os capachos. William Porto. Inté.