VOCÊ TEM UM PROBLEMA? ENTÃO ELE É SEU

 

Acontece de às vezes sermos abordados (ou acertados por flechas enviesadas) por pessoas que têm um problema consigo mesmas. É aborrecido? É, sim. Porém, devemos ter em mente que quem age desta forma, constantemente está se sentindo infeliz consigo mesmo. Porque quem vive afirmando o quanto é feliz, o quanto realizou isto e aquilo, ajudou fulano e sicrano, tem isso, aquilo e mais outro, na verdade, sente-se vazio. E eu penso que a pior coisa é o vazio de si mesmo. Não existe buraco maior, nem mais difícil de se escapar.

 

Eu gostaria de chegar - se for esse o meu destino - à minha velhice sendo um pouco melhor do que quando era jovem. Só um pouco já bastaria. Se a gente conseguir sair dessa vida com algum tipo de aprendizado, de melhoramento pessoal, de empatia pelo outro, tentando sempre corrigirmos os nossos defeitos, já terá sido uma vida produtiva.

 

 

 

Triste é que isso não acontece com todo mundo. E quando alguém chega a uma certa idade ainda focado em comparações, espetadinhas e indiretas, invejinhas, picuinhas, maldadezinhas, veneninhos e ciuminhos, o quadro oferece um espetáculo triste aos espectadores. Coisa mais feia de se ver. Realmente, um triste espetáculo - não para a vítima, mas para o praticante de bullying geriátrico. Essas atitudes fazem os espectadores pensarem no que tal pessoa fez de sua vida, e também sobre a quem eles pensam que estão enganando com tal comportamento.

 

Pessoas que agem assim convidam sua vítima do momento ao palco - geralmente, através de algum elogio que às vezes, é sincero, mas a única intenção verdadeira, é chamar a atenção das pessoas para sua vítima antes de atacá-la, para que a humilhação desta seja maior; e quando todos estão prestando atenção no picadeiro que ela armou, ela inica um triste espetáculo de indiretas e ofensas veladas contra a sua vítima. Fica mal para quem está na berlinda? Não; fica mal para quem está atacando. Porque todos já conhecem as suas estratégias.

 

É isso.

 

E como lidar com isso? Não lidando. Na minha mente, canto uma musiquinha: "Lá-lá-lá-lá-lá..." Enquanto isso, alguém se afoga em seu próprio veneno.

 

 

 

 

 

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 15/05/2023
Reeditado em 15/05/2023
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