Coisas pequenas
Em um dos seus contos de Sherlock Holmes, sir. Conan Doyle, descreve o local da investigação do crime como sombrio e sem cor, numa típica manhã do "fog" londrino (dia nublado). O detetive mais famoso do mundo, Holmes, procurando por provas em um local aos arredores da casa principal, para por um tempo e fica a vislumbrar a beleza de uma rosa que desabrochara. Sherlock Holmes, então, diz que Deus não precisava criar as flores coloridas, os infinitos tons de verde das folhas, as multiformes nuvens nos céus, mas, para se mostrar ao homem, é que Deus assim fez sua criação. E Sherlock Holmes tinha razão, porque são nas coisas pequenas que Deus se apresenta para nós; e são esses os momentos que chamamos de felicidade.
Acontece que procuramos a felicidade somente nas coisas grandiosas, esperamos encontrar a Deus somente nas celebrações religiosas cheias de pompa e riquezas, ou nos milagres, e, assim, deixamos a felicidade passar ao nosso lado, ou à nossa frente, e desperdiçamos momentos especiais para nossas vidas.
Devemos aprender com Sherlock Holmes: pararmos com nossa correria e observamos as coisas pequenas, que, sem dúvida, são as que nos trazem Deus para mais perto de nós. Há alguns dias, ao fim da tarde, enquanto fazia café, um lindo beija-flor (beija-flor lindo é redundância), plainou em frente à janela onde eu estava e me deixou maravilhado: ali senti a presença real de Deus. Um sorriso de criança, uma flor, um abraço, são coisas pequenas que nos mostram Deus todos os dias.