A GARÇA E O CARANGUEJO

Talvez, por não estar pensando em nada, a gente acaba pensando em alguma coisa, não é mesmo, parece ilógico a princípio,mas espere chegar ao final do texto e entenderá.

Estava lá; eu a frente ao mar, na areia da praia, a uns 50 metros da margem onde termina o quebrar das ondas.

Onde fiquei observar uma garça que; dê tempo em tempo bicava alguma coisa, e de onde eu estava, não conseguia ver o que era, mas conseguia entender que o ataque ao pequeno objeto no chão havia um cronograma particular, entre um minuto e intervalos de alguns segundos, era repetido sempre o mesmo ato.

Resolvi então chegar mais perto.

E este estar mais perto, foi com uma grande cautela, não queria espantar a garça antes de tentar entender o todo.

Foi então que percebi o pequeno objeto com mais precisão,, era um caranguejo de concha.

Um verdadeiro caranguejo hermitão.

Ali havia a Garça e o Caranguejo, em em dado momento do encontro com a luta pela sobrevivência, onde seus caminhos se encontraram.

Percebi também, que ele tentava se locomover, fugindo ou tomando seu caminho devolta as águas, mas a garça de certa forma o impedia.

Toda vez que ele saia a gigantesca ave branca tentava devora-lo.

E claro que com o tal " instinto " animal, a garça já deduzia ser impossível engolir a concha inteira.

Mas gostei da sua expectativa e paciência em matar a fome para sobrevivência.

E vi que ali era mais uma luta da oportunidade do que da fauna local.

Existe na sobrevivência a hora de atacar e a hora de se esconder, existe o momento certo pra sair e o momento certo para se esconder, e o de esperar.

E fui eu novamente comparar com a vida toda aquela cena, mais uma vez lia um livro tridimensional, um filme verídico a olho nu, me ensinava a viver ou compreender melhor as coisas.

Em um determinado momento a maré aumentou e as ondas conseguiram fazer o que foi impossível para a ave.

O mar havia engolido o caranguejo com concha e tudo, do nada ele desapareceu, foi arrebatado a sorte.

O destino se apiedou dele, e

Infelizmente a garça ficou lá parada a absorver a frustração do momento,, desta vez não foi a sua vez, depois voou para longe.

Mas pelo que eu entendi , já houve uma repetição daquelas atitudes, onde algum caranguejo com certeza se deu mal, para felicidade da garça, ou de outras até.

A vida é idêntica aquela cena presenciada por mim.

Há de se tentar sempre, sobreviver é alcançar o objetivo, independente do que seja.

A luta da oportunidade enquanto o agora apoia, e enquanto estamos aqui na margem da vida, antes que a onda nós leve ou leve o que almejamos.

( Do meu livro: Textos Avulsos)

(Autor: George Loez)

George Loez
Enviado por George Loez em 10/05/2023
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