Vazios..

Abro o livro predileto, folheio ao acaso e vislumbro uma página em branco.

Um raio bate a mente, cenas da infância um festival de imagens, suor corre pela fonte...

No leito, na noite mais densa das horas amargas. Os esqueletos surgem aos montes.

Os fantasmas do vazio rasgam o branco do papel e da vida. Uma visita aos sonhos esquecido do tempo que acreditará em tudo e nada.

Mamãe de avental e vassoura vare os ladrilhos da velha casa:

- filho amado..

- ouça os meus conselhos!!!

- não morra vivo!!!

Dei um salto e fechei o livro.

Na certeza que minhas páginas da minha vida, faziam mais sentido naquele momento.

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 09/05/2023
Código do texto: T7784360
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