Quando eu estava no Ginásio minha paixão era canetas. Tinha de toda cor e tipo, e meus cadernos eram todos coloridos e bordados. Tinha o costume de sublinhar tudo com tinta vermelha, e eu achava aquilo o máximo! Houve um tempo em que eu tinha até uma fixação por isso e a mais comum era a famosa BIC ponta fina ou ponta grossa. Que curtição! Lembro hoje daqueles meus diários, que escondia embaixo do meu travesseiro e escrevia com a canetinha de 5 cores. Quando estava apaixonada usava todas as cores, rasgando meus amores coloridos.
Escrever é uma arte, e hoje o que sinto é que com o computador e toda essa tecnologia tenho milhares de canetinhas de cores diferentes no meu cérebro. Mas elas são figurativas, dependendo do dia quando eu escrevo - as letras podem ser azuis clarinhas quando estou light, uma pretinha nos meus dias introspectivos, ou uma verdinha nos dias de esperança - mas somente eu enxergo essas cores.
Escrever não deixa de ser uma maravilhosa catarse – uma liberação de emoções ou tensões reprimidas. Brancas e pretas ou coloridas.
Colocar numa folha de papel tudo aquilo que pensamos e sentimos, circundando as palavras evidenciando-as, até nos ajuda, quando relemos e enxergamos de uma forma muito clara uma situação ou um sentimento que passou despercebido.