DEIXANDO AS BICS DE LADO (BVIW)
Depois do advento do computador deixei de lado a minha bic e nem mais “decreto”assino com ela, hoje me utilizo de um teclado, que contém 97 teclas e que tem até a capacidade de me censurar quando escorrego no vernáculo.
Isto posto, deixando as bics de lado, o que me veio foi uma vontade danada, não de teclar uma crônica, mas sim um poema que fale de saudade... De amor... Mas, o que eu posso dizer? Como serei interpretada? Quintana diz que poema não se interpreta. Maysa diz que saudade é uma coisa complicada pra se falar. Zeca Baleiro e Fagner indagam se tudo passa como se explica o amor que fica e teima em não ir? Elba Ramalho reclama se o amor acabou então que devolva o coração para o outro ir embora.
Assim, não me interprete se eu escrever um poema falando de saudade, porque a que sinto é uma saudade do nada ; se falar de amor não passa de sonho meu ; se pedir o meu coração de volta, não tem quem me devolva e o meu ir embora não tem pra onde ir.