Mais uma página, apenas vire e viva...📗
Como devo proceder?…!
No final do túnel
Sem saída e sem escapulário para rezar
Não sei se levo os milhos ou um rádio de pilha
Me ajoelhar ou cantar é o que me passa na cabeça
Entre gritos e tantas questões eu ainda vejo um clarão, talvez seja plutão seguindo estrelas
Quero entender o que posso e não posso nessa luta diária.
A minha infância veio me visitar na madrugada e eu sentei na cama chorando chamando pelo meu pai.
Ele segurou minha mão no escuro e me deu a segurança que eu precisava.
Eu tive a missão de cultivar raízes na minha geração e cumpri todos os meus desafios.
Eu não posso lamentar nesse mundo de ninguém eu fertilizei a terra e plantei minhas sementes usando as minhas próprias mãos e sempre seguindo meus instintos e projetos.
Ainda falta um sonho e eu estou sem sono.
Acordei cedinho no primeiro raiar do sol para aproveitar bem a luz do dia.
Ainda leio o jornal.
As plantinhas são minha planilha e o rádio ainda toca Love songs
Estou relês e com muita paciência espero o dia
Afrontando meus maus pensamentos eu sempre agradeço e não reclamo os problemas.
Deus me livre amanhecer numa guerra ou cama de hospital, tenho o privilégio de ver o sol nascer e poder caminhar para apreciar o mar e como amo a maresia logo pela manhã.
As ondas calmas me ensinam a dançar sem fantasia
E quando o dia terminar o túnel ainda estará lá
A luz ainda está acesa e eu não vou fugir dessa estação
Outono minha época favorita, então eu vou ligar o rádio e às vezes usar o milho como faziam os antigos para pedir perdão pelos maus pensamentos.
Eu sei que o caminho tá difícil e que não dá para confiar no ser, diz meu pai no meu silêncio.
Estou contigo, apenas confie…
Ouvindo- West Life, My Love.
( Seria cômico se não fosse uma crônica poética)
Trecho do meu livro 📝