PARANORMAL: EXPERIÊNCIAS
Assuntos relacionados ao paranormal sempre causaram fascínio em grande parte das pessoas; o teor do mistério, do desconhecido, do que foge da compreensão humana; extraordinariamente intrigante. E comigo não é diferente, principalmente pela razão de eu ter começado a experienciar situações anormais ainda na infância. São vários os meus relatos nessa temática, e aqui vão umas das que marcaram minha vida.
O começo, desde que me entendo por gente teve como lugar e ocorrência em uma antiga residência onde moravam mamãe, seu ex-marido e eu. Minha pessoa na época deveria ter sete anos de idade. No fatídico dia fui deixada em casa sozinha enquanto os dois foram ao supermercado fazer a compra do mês. Aconteceu quando voltava da cozinha para a sala de estar. Naquele momento, paralisei em frente à porta semi fechada do quarto do casal. Lembro-me de ter congelado ali com o copo d'água tremendo em minha mão. Havia alguma coisa terrível dentro daquele cômodo, pude sentir a presença maligna atravessando a porta e se esgueirando pela minha pele. Uma atmosfera de terror foi alojada naquela casa nos minutos em que fiquei parada e amedrontada em frente ao quarto. Comecei a fazer preces mentalmente, pois não tinha coragem alguma de mover um dedo sequer que fosse. À medida em que minhas preces se desenvolviam em minha cabeça, aquela presença demoníaca foi se dissipando, pouco a pouco, até desaparecer e eu conseguir respirar aliviada. Foi a primeira situação sobrenatural que me aconteceu. Fiquei bastante pensativa na época, e admito que até hoje tento imaginar o que estaria por trás daquela porta que foi capaz de me causar tanto espanto.
Depois desse dia, claro que muitas outras situações aconteceram (e continuam ainda nos dias de hoje). O destaque fica para as sensações estranhas e tenebrosas que me acometiam na hora de ir para a cama. Não sei como começou, entretanto, havia uma crença petulante em minha cabeça de que debaixo de minha cama havia um caixão preto. Uma crença cuja a motivação desconheço, mas que bastava para me causar horrores pela noite. Era uma angústia tentar ir dormir enquanto que em minha mente pairava a imagem daquele tenebroso caixão preto debaixo de minha cama, escondendo sabe-se lá quem ou o quê dentro de seu interior escuro. Boa coisa não haveria de ser pelos arrepios e tremores que me acudiam. Era uma crença bizarra que trazia temores do desconhecido e terrores psicológicos. Foge de mim a explicação de que na mesma época vigente desta crença, houvera um período em que simplesmente a cama sacolejava nas madrugadas, por vezes sutilmente, em outras, furiosa. O que seria aquela força movendo o colchão? Seriam delírios da mente medrosa, ou seria algo feito a mando do ocupante do caixão? Como já disse antes, volto a dizer, foge de mim a explicação. Eu contava essas coisas para mamãe com a voz embargada de medo, e ela me respondia dizendo que era pura invenção minha. Mas digo que aquilo e todas as outras ocorrências não eram fantasias, eram reais. São reais. Somente quem vivencia sabe da veracidade dos fatos ocorridos.