CONTRA A FALTA DE JUSTIÇA NUM PAÍS, A QUEM SE PODE RECORRER?

Quinta-feira, 4 de Maio de 2023.

Essa última iniciativa/ação do ministro Alexandre de Morais em determinar buscas de documentos na residência do Ex-Presidente Bolsonaro, também de sua mulher, e determinando prisões de alguns de seus auxiliares, vem corroborar o que muitos especialistas em leis no país já definiu como atos infelizes por parte dessa autoridade.

Diante do que já se ouviu de juristas conceituados como Ives Gandra Martins e outros mais, também de outras pessoas muito sérias como os jornalistas Augusto Nunes e Alexandre Garcia, mas ainda com um rol extenso de pessoas compenetradas que convivem com o âmbito político brasileiro, esse ministro perdeu o rumo. Tem cometido nesses últimos três ou quatro anos uma sequência de decisões e atos institucionais, já listados e comprovados por quem entende desse assunto.

Mas agora, baseando-se em informações imprecisas e indícios inconsistentes sobre vacinação da Covid 19, age com rigor contra o Ex-Presidente e também contra seu ajudante de ordem, um Tenente Coronel, o que se junta a vários outros equívocos judiciais tomados por ele antes. E não se pode esquecer dos muitos inquéritos que abriu sem base para punir pessoas, como as que pretensamente participaram dos acontecimentos do 8 de Janeiro em Brasília.

Espantosa é a passividade daqueles que deveriam agir contra esses e outros atos arbitrários do ministro. Todos sabemos dos comprometimentos suspeitos de muitos dos congressistas desse país, principalmente do presidente do senado, Pacheco, que faz parte do grupo que tem que fiscalizar, dentre outras coisas, as condutas falhas dos membros do Supremo Tribunal Federal.

Mas com a divisão alcançada do país nos âmbitos morais e políticos, as situações não se resolvem a contento, bem como se complicam por falta de ações justas daqueles que assim devem agir. E, dessa forma, não se sabe onde isso irá parar.

Está faltando no país o exercício da lisura. Também da competência. Mas os atos de justiça, que devem ser imparciais e limpos, esses já não o são há muito tempo no Brasil. E não está havendo a possibilidade de se recorrer por falta de saber a quem.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 04/05/2023
Reeditado em 04/05/2023
Código do texto: T7779581
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