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QUEM SABERÁ?

 

  Por vezes, é curioso pensar que podemos ter vindo de outros planetas, exilados de alguma galáxia ou mundo distante para o planeta Terra, de tantas provas e expiações, onde temos poucas afinidades e muitos problemas, mas quem saberá? Se não for apenas uma grande viagem, é um mistério que provavelmente não iremos desvendar nessa vida, enquanto nos vendem ilusões de aparências e de padrões sociais mesquinhos de consumo, superfaturando produtos e descartando pessoas no cinismo egoísta e utilitário dos dias, de modo tão célere e imortal quanto a hipocrisia que reina há séculos. Mas não nos esqueçamos de que somos partículas ínfimas na energia cósmica do espaço, que, se tivesse face, estaria rindo da arrogância de muitos indivíduos e de várias autoridades humanas, em suas pretensões infantis de imponência.  

 

 Sejam quais forem os títulos, de pobres ou bilionários, todos passarão, embora alguns façam questão de serem os mais ricos dos cemitérios com lápides de ouro, os mais poderosos néscios ou os mais "qualquer - coisa", entre tantas ilusões na feira das vaidades e das mesquinharias humanas. Quem saberá?

 

  O universo é sempre muito maior do que a ironia de nossas bobagens, na brincadeira de parecer qualquer coisa "importante", entre cédulas de qualquer moeda, aparências superficiais e bundas retocadas por Photoshop, em busca de likes de milhões desconhecidos, como se isso tivesse muita importância, além de rótulos de autoridade e de doutor comprados muitas vezes na pseudo - meritocracia dos nascidos em berço de ouro, entre falsos títulos de nobreza hipócrita, como se houvesse sangue azul. Mas não, obviamente não há. Quanta besteira. Os arrogantes ficarão irritados, mas ninguém é melhor que ninguém, por mais evidente que isso seja para todos nós, meros mortais. Talvez a pretensão ilusória de "ser melhor" do que os outros provavelmente já demonstra um buraco  na alma, uma carência infinita ou uma insegura pequenez dos que fingem ser grandes entre os efêmeros teatros da vida. 

 

  Chega a ser irônico. O planeta Terra pode ser visto como uma comédia para quem olha de longe e uma tragédia para quem vive de perto, ou seja, um teatro tragicômico ou uma escola para os mais otimistas. Enquanto isso, o universo, os planetas e a lua apenas ecoam o brilho das estrelas, indiferentes às ilusões mundanas, em nossas pequenas divagações ou alucinações coletivas de grandeza inexistente.

 

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