O ADEUS DA CPMF - LULA CHORA 40 BI DE PERDA E SOFRE SUA SEGUNDA GRANDE DERROTA

Tudo em política partidária é considerado comum, simples e mesmo sem ninguém entender nada, ainda assim é facilmente explicável.

A turma dos tucanos, PSDB, com o apoio dos ex-pefelistas, hoje Democratas, instituíram no Governo Fernando Henrique Cardoso a Contribuição PROVISÓRIA sobre Movimentação Financeira, a falada CPMF. Na época, o imposto com cara de contribuição – como se ela fosse espontânea –, era para salvar a pasta da saúde. A Tropa de Elite de FHC encontrou dura resistência dos petistas, inclusive com declarações abertas de protesto do próprio Lula.

O baixo clero de outros tempos possuía estrela vermelha na altura do peito e pedia dinheiro a todo mundo para engordar os cofres do partido; alimentava inclusive, os sonhos, de certo desempregado metalúrgico para ocupar o cargo mais cobiçado do país. Aquela turma do barulho não aceitava que os tucanos viabilizassem uma verbinha extra de cerca de 40 bilhões de reais a mais.

Surgiram rumores inclusive que FHC estava engordando os cofres de olho na campanha presidencial, que de fato, o reelegeu para mais quatro anos; mas o fato é que os petistas gritaram, gruíram, chafurdaram, mas não conseguiram impedir com que o BOPE tucano invadisse a praia de todo mundo e enfiasse mais um imposto para os miseráveis brasileiros, órfãos de pai, mãe e parteira.

Uma década depois, eis que encontramos a turma do barulho dando as cartas. O metalúrgico desempregado arrumou uma boquinha no Planalto de oito anos e os velhos lobos de estrelas vermelhas no peito, já não usam mais camisetas Hering, muito menos se orgulham tanto das estrelinhas que eram vendidas nas esquinas. Os petistas agora são do governo e quando isso acontece, muita gente que sentava a madeira neles, necessitou mudar de casaca e passaram a ser aliados; assim como a ideologia política, se é que eles possuem alguma, que é o caso do Senador Romero Jucá e Waldir Haupp.

É um jogo de interesses próprios; se eu preciso de você, tenho que falar bem e apóia-lo em todas as sandices praticadas; no dia que eu não precisar mais de você, volto a “tacar pedras”; e isso é como aquele jogo de dominó onde as pedras são enfileiradas e uma batendo na outra e enquanto tiver pedra, o efeito cascata continuará. Foi assim sempre, desde os tempos do império e creio que jamais mudará.

Mas a CPMF por ser PROVISÓRIA, teria que ter um dia para acabar ou ser prorrogada e quando este dia chegou que estava no poder para descascar este abacaxi? – O PT! Os petistas administraram cerca de 320 bilhões de reais em seis anos, oriundos da CPMF e administrar uma soma desta natureza, ninguém quer perder.

Lutaram, gritaram e mais uma vez, chafurdaram o tempo inteiro. O próprio Lula instituiu seu BOPE, a sua Tropa de Elite, para convencer ou ameaçar os Senadores, mas esqueceu de contratar o BOPE certo. Os homens do Senado a serviço dos interesses de Lula não foram convincentes o suficiente para obterem os votos necessários para a aprovação da CPMF e o resultado foi uma série de palhaçadas envolvendo ministros, deputados, senadores, amigos e até o povão ignorante e faminto.

Primeiro eles cantaram de galo; bateram asas e diziam que teriam pelo menos cinco votos a mais do que o necessário para aprovar a “contribuição”, mas como escreveu Drumonnd, “no meio do caminho havia uma pedra...”; a pedra no caminho dos sonhos de Lula foi o PSDB e o DEM, além de petistas de vergonha na cara que diziam “NÃO” A CONTINUIDADE DA CPMF.

Lula teve que recuar a tanta arrogância e passou a propor, pausadamente, vantagens para os parlamentares que fariam à diferença na hora da votação. Cargos, verbas, vantagens, privilégios e outros mimos foram oferecidos o tempo inteiro; tudo para agradar a atual turma do barulho, mas nada dava certo e a tropa de elite do Planalto tropeçava o tempo inteiro nas próprias pernas.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrava-se durão e arrotava tempo inteiro que a vitória era certa; ledo engano do italiano naturalizado brasileiro que é o Chefe da Fazenda. Mantega falava o tempo inteiro em cortes no Bolsa Família, tática encontrada pelo BOPE de Lula para chamar a atenção da opinião pública.

O Planalto pensou errado, que se levasse a questão para o campo da fome, aliás, como eles sempre fizeram, os senadores fossem mudar o voto. Depois partiram para reuniões secretas com Governadores até que um deles morreu, e nada aconteceu. Até os governadores tucanos, como o de Minas Gerais e São Paulo, não queriam perder a boquinha e partiram para um apoio disfarçado à Lula, mas nada amolecia os duros corações dos insatisfeitos senadores.

No ultimo minuto, o Planalto partiu para o tudo ou nada; baixou as calças, tirou a cueca e implorava para que alguém, ou avançasse delicadamente, ou lhes dessem uma nova oportunidade. Mandou uma proposta verbal e outras três por carta (ridículo isso), prometendo 100% de aplicação daqueles 40 bilhões/ano na pasta da saúde, mas já era tarde demais para chorar ou rir.

Depois da meia noite, no limiar da coruja, enquanto Brasília e mais de 80% do Brasil dormiam o sono dos justos, o Senado Federal se reuniu e 45 votos contra 34 sacramentaram o que 85% do povo brasileiro, segundo pesquisas, queriam. A CPMF deixará de existir a partir de janeiro do próximo ano e o Planalto terá que se desdobrar para manter a agenda financeira do Brasil sem este, digamos, “jabazinho” de 120 bilhões para os próximos três anos de governo Lula.

Os Senadores do PSOL, do PSBD e do DEM, com alguns outros do baixo clero, passaram o rodo nas aspirações de Lula que previa dinheiro fácil e mais uma farra como aconteceu em tantos escândalos ao longo de seu governo.

Os garotinhos do BOPE de Lula, logo depois da derrota histórica, partiram para o ataque e já disseram que as mentes doentes e sedentas por dinheiro já estão preparando uma nova armadilha para salvar a agenda financeira e os planos dos petistas que não se cansam em gastar e nada apresentam como benefício.

Mas onde Lula errou? Lula e toda a sua trupe erraram quando defenderam Renan; erraram quando arrotavam sempre dos feitos medíocres que distribuía pão para alguns poucos famintos e como se não bastasse, ia à televisão e diziam que somente eles faziam que somente eles "aconteciam" e que “nunca na história deste país”, isso, aquilo. Lula errou quando se aliou aos parlamentares mais imundos, passando a perder aliados históricos como Aluisio Mercadante e parte do PMDB.

Mas e agora José? Será que a festa acabou? Será que a luz a pagou e o povo sumiu? Será que eles ficarão sem esta mulher e sem este carinho?

Pode ser que sim, se forem burros ou pode ser que não se: 1) eles atacarem com outra armadilha com outro nome; outro imposto imundo cara de político. 2) eles podem trabalhar para direcionar prioridades e fazer o Brasil crescer ao ponto de ganhar outros 40, 50, quiçá, 100 bilhões a mais em produção; com menos corrupção; com menos propina e com menos cargos desnecessários, que, aliás, tem pra todos os gostos, como o cargo de Ministro dos Esportes, que não faz nada a não ser, gastar o erário e ganhar um salário maravilhoso.

As formulas são muitas para voltar a ter estes 40 bilhões nos cofres, mas resta saber se a turma de estrelinhas vermelhas querem mesmo trabalhar, ou querem dar um tempinho para voltar a aprontar das suas. Se por um lado o Planalto deixa de receber 40 bilhões por ano; irão sobrar 40 bilhões por ano nos bolsos de quem pagava este absurdo e com certeza, quem o terá, gastarão parte dele aqui mesmo.

Vão trabalhar vagabundos!

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

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