1985

Quando eu contava com um pouco mais de 8 anos de idade eu tinha passado por um hospital no Centro de Suzano (SP). Eu deveria fazer um eletroencefalograma para os devidos fins (parece que eu sofria de disritmia cerebral). Talvez fosse um sábado à tarde, bem... isso não faz diferença nenhuma. No porão de minha mente, há a imagem (dentre tantas outras, que se acumulam há décadas) de um garoto mais novo que eu, sentado numa das camas da ala pediátrica e que, ao nos ver (minha mãe e eu), chorou e levantou sua mão chamando por nós (ou por sua mãe; não tenho como me recordar tão bem, quase quatro décadas após o fato, a cena que se tornou simbólica em minha mente). Eu não me lembro de ter comentado isso em nenhum outro lugar. É estranho (mas como a palavra "estranho" não me é estranha...). Então, agora isso consta. Eu defendo (a tese) que é possível a qualquer ser humano viajar no tempo. Mas essa tese é parte de um livro que eu venho a redigir há 9 anos (que se completam em agosto). Prossigamos –*

NOTA

* Esse travessão representa uma mudança de turno, supostamente em que o meu interlocutor (ou leitor) possa continuar esse diálogo junto a mim. Numa jornada por tempo indeterminado...