Crônica de segunda #2

Um dia de cada vez.

Acordei mais disposto hoje, a vida não tem sido fácil, um namoro de quase cinco anos simplesmente acabou, segundo ela foi desgaste, mas eu não acredito muito nisso. No meu trabalho não tem ido nada bem, meu chefe tem pegado muito no meu pé, e olha que dou sangue naquela empresa, mas ele prefere beneficiar os puxa saco.

A tempestade que caiu agora a tarde destruiu muita coisa na cidade, árvores caíram, fiação arrebentada, sinais de trânsito parados, estamos na escuridão, infelizmente não me refiro só a falta de luz, e sim as pessoas, pensei que depois da pandemia agiríamos diferente, ingênuo, o ser humano se preocupa mais em "ser" do que "humano", e ainda assim vivemos vagando por essa busca incessante tentando nos encontrar. São quase sete horas da noite e nada da energia voltar, a notícia em fim que todos queriam ouvir, o chefe nos liberou, eu não vou embora de ônibus, o trânsito está terrível, tudo parado, filas quilométricas de carros e ônibus.

Caminho pelas ruas atrás do shopping, esta tudo uma total escuridão, somente a luz da lua da a sua graça saindo de trás das poucas nuvens que restaram no céu. Surpresa ao chegar na avenida norte e sul, esta iluminada e as árvores castigadas pelo granizo da tempestade, um lindo cenário, digno de Shakespeare, as folhas e frutos caídos ao chão cobrem toda a rua. Enquanto todos estão cansados, assustados, eu decidir enxergar as coisas positivas, e olha que a vida sempre foi muito dura comigo. Assisti ontem o filme do Rocky Balboa, um dos filmes que mais ví na vida, e ele tem razão, não importa o tanto que você bata, e sim o tanto que consegue apanhar e continuar se levantando todas às vezes, dia após dia, não é fácil, mas tenho conseguido.

Willian Nicácio 01/05/2023

Willian Nicácio
Enviado por Willian Nicácio em 01/05/2023
Reeditado em 08/05/2023
Código do texto: T7777615
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