REFLEXÕES DE UM EDUCADOR: DESAFIANDO A PANELINHA ("Tem várias pessoas maravilhosas que não são da nossa panelinha." — Charles Canela )
Nas infindáveis reuniões pedagógicas, mergulho em um mar de contestações. É como se estivesse caminhando em um campo minado, onde cada passo pode detonar uma explosão de críticas. A falta de afinidade com a maioria dos presentes faz com que minhas ideias sejam alvo constante de questionamentos desfavoráveis. E ali, naquela sala, a ideologia da "panelinha" prevalece, fortalecendo os laços daqueles que se levantam contra mim. É um paradoxo curioso, pois aqueles que se levantam contra mim também fazem parte da mesma panela que os cozinha. Percebo que seria mais fácil ser aceito se eu simplesmente ecoasse o que desejam ouvir.
Em busca de orientação, busquei a sabedoria de um psicólogo. Ele sugeriu que eu construísse uma cumplicidade com meus colegas pedagogos, ouvindo-os com mais atenção e buscando compreender suas perspectivas. Talvez, ao fazer isso, eles se tornassem mais receptivos às minhas ideias e opiniões durante as reuniões. Contudo, questiono-me: se eu seguir por esse caminho, quem entre eles realmente desejará melhorar o sistema educacional? Ao me acomodar, tornar-me-ia apenas mais um membro da "panelinha do comodismo". É inevitável lembrar das palavras impactantes de Gengis Khan: "Eu sou um castigo de Deus. E se você não cometeu grandes pecados, Deus não teria enviado um castigo como eu."
Lamento profundamente não poder contribuir de maneira mais efetiva e estabelecer um diálogo produtivo com meus colegas pedagogos durante essas reuniões. Não me sobra espaço para demonstrar um interesse genuíno por suas perspectivas e opiniões, então enquanto permaneço fiel às minhas próprias ideias, resistindo à pressão da "panelinha". É verdade que meus conceitos talvez ainda não estejam totalmente consistentes e fundamentados, mas meu propósito é buscar uma educação de qualidade dentro de um sistema mais justo. Não podemos esperar resultados grandiosos se persistirmos nas mesmas práticas obsoletas.
Quero deixar claro aos leitores atentos: neste texto, não busco apenas ser diferente por mero capricho, mas sim dissolver o que nos incomoda e tem sido contraproducente. Pondero sobre a possibilidade de construir relacionamentos com meus colegas pedagogos, mas questiono se isso seria verdadeiramente útil para a melhoria do sistema educacional ou se seria apenas uma concessão à pressão do grupo. Inspirado pela citação marcante de Gengis Khan, mantenho minha lealdade às minhas próprias ideias e luto por uma educação de qualidade dentro de um sistema mais justo, mesmo que isso signifique enfrentar a panelinha da educação. O mercenarismo é o câncer da educação.