CRÍTICA

Numa definição bem simples, crítica é o mesmo que análise.

Na crítica literária se esclarece a raiz daquilo que está escrito.

Na crítica social, é o costume ou a maneira de ser de uma sociedade ou do indivíduo. Simples assim.

Entretanto a crítica não é tarefa simples pois para ser válida, demanda conhecimento de quem a faz, principalmente porque numa crítica séria, os achismos, as preferências pessoais e as influências do entorno não podem ser levadas em consideração, embora haja um pensamento antigo que diz “o bom julgador, por si, julga os outros”.

São necessárias muitas horas de estudo de tudo o que já foi produzido por teóricos, as circunstâncias históricas e, no caso do comportamento, a origem do indivíduo sob análise.

Deste pacote, fazem parte a ética e a moral.

Podemos dizer que a ética é tudo aquilo que você se nega a fazer mesmo estando só.

É universal, demonstra a maturidade e o respeito que o indivíduo tem não só pelos outros, mas especialmente por si.

Por sua vez, a moral é flutuante como algas arribadas.

Depende da ideia geral de um povo que nem sempre é aceita noutra sociedade.

Não é aceitável para um francês fazer refeição sem usar talheres, assim como é ofensivo comentar algo que se refira à esposa de um iraniano.

É inaceitável um judeu fazer refeição com a cabeça descoberta, enquanto que para nós trata-se de falta de educação doméstica, mesmo que seja um simples boné.

O oriental tira os sapatos para entrar em casa, nós não, na maioria das vezes...

A crítica não aceita leviandade e exige, acima de tudo, responsabilidade de quem a faz, porque ela deve sempre ser construtiva.