CRÔNICAS DO POÇO

Eu não estava com a cabeça tão legal naquela tarde chuvosa, me sentia ao meio depois daquela situação;

Então preferi esquentar meu coração;

Tomei um chá de sete ervas para as minhas sete versões.

Depois disso, fiz questão de ler um livro, que por horas me deu abrigo.

Achei pouco aquela pausa e fui me ocupar.

Limpei o interior de minha casa para me aconchegar.

Fui me ligando ao agora pra aquela culpa doida soltar.

Sai de mim sentimento amargo, será que não vês que o sol também brilha pra mim, e que no café ponho açúcar para sentir.

A vida não é moça e nem idosa; ela é atemporal e se destaca no coloquial...

Sossego, deixe-me ir ao jardim, conversar com as borboletas que entendem em cores o tracejo do estopim.

Agora sim!

Vou me despindo do velho e ao mais antigo confesso que me abro pro novo;

"Chega de querer ser profundo pra quem não é um poço..."

O Profundo de Fany Cósta
Enviado por O Profundo de Fany Cósta em 30/04/2023
Reeditado em 01/05/2023
Código do texto: T7777007
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