Pequenas ações ajudam a manter o verde do planeta

Felizmente há cidadãos preocupados com o desmatamento, e preocupados com o planeta.

Se não me engano uma grande emissora de televisão fez uma campanha aqui em São Paulo denominada “verdejando” – e parece que deu certo e continua...

Sou usuário do metrô e atesto que a superlotação testa nossa paciência. Você leitor deve estar se perguntando, o que o metrô tem a ver com esta história? E, eu lhe peço; tenha calma, e leia a narrativa até o fim que você vai entender.

Viajar pelo metrô é um stress tão alto que as pessoas não podem nem olhar uma para as outras, imagine falar...

Apesar deste clima fui testemunha de uma situação inusitada que enche nosso espírito de esperança no ser humano.

Hoje, um dia típico de muito trabalho, com as estações lotadas, parecendo grandes formigueiros, ao descer na estação Anhangabaú vejo uma senhora já com certa idade, sentada no banco de espera, que fica no centro da estação. Ao seu lado, três vasos com três plantas, e ela estava degustando uma deliciosa manga sem nenhum constrangimento. O doce melado em suas mãos, não encobriam a doçura daquela senhora japonesa.

Pedi permissão e me sentei ao seu lado. A princípio pensei que ela era uma maluca, mas, aos poucos quando ela começou a falar sobre o desmatamento florestais pelo mundo afora, pude notar que era uma cidadã consciente e profunda conhecedora de geografia, e depois, em particular, sobre a Amazônia. Falou de árvores salvando desertos. Falou de homens cortando árvores e fazendo desertos. A cada momento deixava-me mais admirado – pensava: encontrei uma senhora rara - recheada de sabedoria!

Falou da importância e da abundância das frutas, da necessidade em tê-las em nossa alimentação. Falou da imperativa necessidade da fome zero – no Brasil e no mundo!

À medida que a conversa ia correndo, eu, ficava cada vez mais interessado em ouvi-la. Dona Mioko – esse era seu nome, e agora já sabendo que ela tinha um neto, e que estava preocupada com o futuro dele. Ela, fez também um alerta sobre as perspectivas climáticas, e em especial a sua preocupação com a escassez de alimentos. Por isso sua, - causa maior -, era que replantássemos árvores em todo o planeta, para redescobrirmos a grande importância do ar que respiramos, do oxigênio, e da importância nutricional das frutas. E obviamente da importância das árvores. E foi essa bondosa senhora que refrescou a minha memória. Me lembrei de uma pesquisa que mostra que o Brasil tem hoje em torno de 12% apenas da Mata Atlântica – por causa do grande desmatamento feito em uns poucos séculos de vida do país. Ela, Mioko me deu uma lição de vida, e entregou-me o símbolo de seu movimento – uma muda de pé de abacate. Infelizmente, nessa crônica não é possível publicar a foto, mas ela teve o cuidado de pegar uma garrafa plástica, desta que se não reciclarmos também polui o planeta, e fazer dela um vaso composto de água e pedriscos, com uma muda vigorosa que certamente plantarei na chácara de um amigo, pois não possuo propriedade.

Ficamos um tempão conversando – na realidade, perdi a noção do tempo, e não sei quantos trens eu perdi, mas não me arrependo – aprendi e ainda conheci um ser humano maravilhoso!

Não sei o que pensaram os cidadãos que transitavam por ali – subindo e descendo dos trens, vendo-me de bate-papo com aquela idosa senhora - Dona Myoko, em pleno horário comercial.

Claro, se eles pudessem ouvir o que ela dizia, acho que também iriam parar e lotar a estação para prestar atenção, e certamente iriam gostar da conversa – perceberiam a seriedade de nossas ações que transformam o planeta, e sairiam dali mais conscientes. E, sabedores de que pequenas ações, como as dela, podem minimizar os estragos que estão sujeitos nosso planeta, no que diz respeito ao: clima; e no que fazer com o lixo que produzimos etc. Aprendi muito e fiquei muito feliz!

Vou pesquisar mais e ler com calma toda literatura que ela deixou e, logo quero reescrever este texto com maior profundidade. Porque pessoas como Dona Mioko merece nossa admiração e total respeito, assim como nosso velho planeta terra.