Fé, Rituais e Vida
NUNCA fui religioso, mas me considero cristão porque acredito no que Jesus pregou e na Força Superior, Deus. O meu pai era socialista e espírita e a minha mãe católica, Filha de Maria. Dos dois aprendi muito, mas não segui suas religiões. Não me arrependo.
Mesmo não sendo religioso respeito todas as religiões, inclusive, claro as afro. Respeito também os que se dizem materialista, acho que na verdade são mesmo até mais cristãos que muitos religiosos.
Disse que respeito as religiões mas acho que alguns rituais exagerados e posturas amostradas são apenas enfeite e fantasia. Sim, porque Cristianismo é vida e solidariedade.
Há algum tempo li um romance lindo de Paul Mercier, “Trem Noturno para Lisboa”. Uma história de fé e vida. Há um trecho que o personagem principal, um católico de verdade, diz o seguinte:
“”Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso do brilho de seus vitrais, de sua calma gelada, de seu silêncio imperioso. Preciso das marés sonoras do órgão e do sagrado ritual das pessoas em oraçao. Preciso da santidade das palavras, da elevação da grande poesia. Preciso de tudo isso. Mas não menos necessito da liberdade e do combate a toda crueldade. Pois uma coisa não é nada sem a outra. É que ninguém me obrigue a escolher”.
Leiam o romance. William Porto. Inté.