A saudade da terra...
Era uma vez uma cidade pequena, onde a vida seguia em um ritmo tranquilo e simples. Não havia prédios altos, nem grandes shoppings. As ruas eram estreitas e as casas acolhedoras. As pessoas se conheciam e se cumprimentavam nas calçadas. Todos sabiam da vida uns dos outros.
As gerações se sucediam, os jovens cresceram e foram estudar e trabalhar em cidades maiores. Alguns nunca mais voltaram, outros visitavam apenas nas festas de final de ano para passar as festas com a família e matar as saudades.
Certo dia, uma dessas pessoas que foram embora voltou para a cidade de origem. Sentou-se na pracinha central e ficou observando. Notou que a cidade tinha mudado. As lojas tinham sido modernizadas e os carros agora disputavam espaço nas ruas estreitas.
Mas o que mais chamou a atenção deste visitante foi a saudade que sentiu da cidade antiga, onde a vida era mais tranquila e simples. Lembrou-se dos dias em que podia sair de casa sem trancar a porta, dos passeios de bicicleta com os amigos e da sensação de que o tempo passava menos rápido.
Foi nesse momento que o visitante percebeu o verdadeiro valor da simplicidade. Mais do que uma vida sem problemas, a simplicidade é a preservação do que realmente importa: a amizade, o amor e a convivência. E a cidade que parecia ter mudado tanto, na verdade continuava carregando tudo isso em seu coração.
Com lágrimas nos olhos e um aperto no peito, o visitante se levantou e decidiu que, apesar das mudanças, sempre iria amar aquela cidade simples. Porque, no fundo, essa era a sua verdadeira casa.