A PAIXÃO NÃO TEM HORA PARA ACONTECER
Esta é uma verdade incontestável: a paixão ou o amor, como queira, não tem hora para acontecer. Vejamos este caso que aconteceu no interior de um colégio interno masculino. Explico: não me refiro a nenhum relacionamento homossexual. Aconteceu que até hoje ninguém conseguiu entender como a igreja católica permitiu a permanência, embora provisória, de seis feiras num seminário, onde estudavam mais de trinta jovens com o ideal sacerdotal. O motivo da presença das religiosas segundo nos informaram era um trabalho apostólico de pesquisa que elas iriam fazer naquela cidade do Piauí. Tudo bem que arrumaram uma dependência isolada e só eram vistas na hora da missa. E por incrível que pareça, foi num destes momentos sagrados que um colega foi flechado por Cupido e se sentiu correspondido por uma destas jovens freiras, por sinal, a mais bonita de todas. Vale ressaltar que elas usavam vestidos ou saias, blusas comuns e o que a diferenciavam das demais mulheres era um crucifixo no pescoço e um turbante peculiar a qualquer freira. De vez em quando algumas delas transitavam no interior do prédio e por sinal com o cabelo solto, normal. E foi num encontro fortuito assim que um colega não resistiu e se declarou a uma destas freiras se sentindo correspondido no ato. A partir desta ocasião, o casal era visto, de vez em quando, conversando em algum lugar do prédio com olhares e gestos já apaixonados. Conforme o tempo ia passando a chama da paixão dos dois aumentou e não resistiram. Como a família do seminarista apaixonado residia naquela cidade, num domingo de folga, os dois tomaram uma atitude inusitada: simplesmente acharam melhor assumiram um compromisso e apostataram. Deram adeus aos seus respectivos ideais e levaram uma vida normal de eternos apaixonados. Se tomaram uma atitude precipitada ou não, só Deus sabe.