Malvada solidão
Depois que ela foi morar em seu novo mundo, deixou os dias ácidos sob a nuvem negra que acompanha por todo os dias de sua vida. Parecia-lhe tênue, como os pesadelos que vinha tendo. Repetia como um eco no vale montanhoso. Cortava por dentro que tinha horas isso sangraria de tanta dor.
Sempre ouvira, toda sua vida – “tudo passa”. Ela passara, enfim. Como se tudo aquilo que acreditara ser fosse apenas um protótipo, um esboço mal resolvido de sonhos mal resolvido. Sua vida poderia ser descrita em apenas algumas crônicas pequenas. Nada mais do que isso. Nada mais do que sonhos que se perderam em sua mente distante. Quando se deu conta, a Terra já havia dado outra volta. Sonhos haviam sido criados. Mundos despedaçados.
E ele continuava só.