Do outro lado da vida

Olhava pela janela o céu de outono nenhuma nuvem probabilidade zero de chover, os raios de sol se misturava com a brisa vindo do sul, lá estava ele esparramado em cima do banco de madeira “lagarteando”. Gato de três cores? De quem será? Cobre-se com o roupão, o chinelo de pecúlio que ganhou de sua filha, desce vai ver de perto o folgado intruso. Ao chegar perto o gatinho nem se mexe, mas abre os olhos lentamente como querendo dizer: Oi!!!! Não me reconhece... Né!!!!

Por uma fração de segundo teve a mesma ideia. Com passar do tempo questionou-se porque no meu banco e no meu jardim? Chega mais perto e o bichano abre novamente os olhos com velocidade do bicho preguiça, e fica focado na sua retina longo tempo. Sentado na ponta do banco, levemente escorregou uma das mãos na ponta da calda como isso estivesse acontecendo por acaso. O gato levantou a cabeça, olha pra ele e volta a dormir. Minutos depois ele sai entra na sua residência, busca tirar da mente o pensamento do gato intruso, toma seu café e da bisolhada pela janela da cozinha, o gato não estava mais ali mas uma criança brincava sentado no mesmo banco. Pensou novamente: “Quem deixou ela entrar? O portão está fechado, e o vizinho ao lado não tem filhos pequenos.....? Deu meia volta e foi pro quintal, pasmo quando chega lá o banco estava vazio, e ninguém no seu quintal!!!! Escuta alguém gritar agora dentro de sua casa: “Venha pra dentro tomar seu remédio querido, eu tenho que voltar”!!!!