Amargas Horas
A boca amarga retrata o tempo que desgasta meu horizonte descontinuado. Como se fossem palavras soltas, confesso-me desentendido daquilo que marcam os ponteiros do meu relógio falho.
E logo eu, que não sei sequer me defender das palavras. Mesmo eu, que me desfaço em lágrimas descabidas. Desentendo, desembaraço e desconecto do meu mundo imperfeito.
A cara amassada, a barba falível retratam meus dias amargos. E eu sigo sem saber do meu futuro próximo passado.
Sendo assim destruído por uma solução contestável, carrego meus transtornos e me despojo do ódio.
Sigo sem dizer a Deus das minhas crenças mais possíveis, pois já não creio em palavras ditas pelo inimigo travestido de destino.
Já não enxergo o que me reserva.
Sou nexo insolente.
Sono interrompido.
Sede...