A filosofia me ensinou que na verdade não existe solitude. O que existe é somente solidão.
O fato é que o ser humano romântizou a alegria de saber viver consigo mesmo e apelidou de solitude. Mas sempre será solidão.
Agora repare. Quando aprendemos a gostar do nosso silêncio, quando não há sentimento de culpa de si mesmo por não ser ou estar sempre presente em eventos sociais, familiar e compreender a sua história naquele momento, ser grata pelas experiências vividas e se curvar pelo amor e felicidade que sua presença criaria é de uma satisfação pessoal indescritível.
Porém, o egoísmo impera e a solitude passa ser a palavra certa de sonoridade leve de explicar que o amor que tens ninguém mede, ninguém sente, ninguém entende do seu jeito e uma certa paz e calmaria reina no nosso ser por entendermos a capacidade de compreender sobre afeto, frustração, escolhas e até mesmo sobre abandono.
A solidão ajuda no desenvolver humano. Alguns crescem na criação de carreira e saúde mental. Outros adoecem pela vivência de traumas. E ainda há quem apenas vive o hoje; e tudo bem!
A solidão é o ato de compreender os altos e baixos da vida. As fases do passado, a fase do agora e aceitar que não há fase futuro. Pois a solidão nunca nos dará certeza de futuro só, nem que seja no fim da vida, ainda assim haverá alguém qualquer que seja, ali. A solidão ainda pode vir acompanhada, pode ser barulhenta e pode ser tão amarga com o tempo.
Fato é que, quando chegamos nesse estágio de clareza madura de compreensão, a solidão se torna uma certa alegria silenciosa de si mesmo. E como sentir admiração do que os olhos não vê. Mas o recordar te faz sorrir.
Experienciar, desenvolver, ensinar, doar-se e fazer a diferença em algo, precisa haver esse mergulho em si e quem se dispõe a isso, a solidão refina!