Núcleos asfixiantes
Existe um Universo a ser descoberto.
Ao longo da evolução desbravamos diversos mares, terras, até o espaço sideral, todavia, não desvendamos os segredos do nosso complexo mundo interior.
Cada um deve mergulhar em si, buscar réplicas às inúmeras questões lançadas.
Queremos demais, fazemos muito pouco diante das possibilidades ofertadas.
A vida oferece múltiplas probabilidades, contudo, optamos por conveniências do momento quando o umbigo é sempre favorecido.
Esquecemos de fazer parte da criação e que tudo é célula, a vida se fez a partir de divisões celulares.
Somos unos!
Se uma pessoa não está bem, todos os seres estarão comprometidos.
Não existe unicidade no contexto evolutivo, a evolução se deu através da multiplicidade, da divisão de um núcleo de vida em infinitos mundos.
A nossa civilização está falida.
Tudo se perdeu, não sabemos onde estamos.
A torpeza das nossas práticas tem nos conduzido à morte.
Uma morte que trespassa o físico, deixando marcas profundas na alma.
Triste realidade, profunda desilusão, falta a reflexão.
A efemeridade compõe nossa verdade.
Somos frutos de verdade a ser repensada.
Plantamos dor em prol do poder, ganância e fama...
Construímos um tempo egoísta, competitivo, voraz, desumano...
Matamos o semelhante sem pensar na responsabilidade do ato e consequência que a atitude vil pode causar à atmosfera que nos circunda.
Avançamos intelectualmente, porém, nos vemos aniquilados moralmente.
Tornamo-nos meros apêndices das máquinas e tecnologias, ferramentas do mundo moderno.
Temos medo do amanhã, do possível futuro que está por vir.