“NÃO SEI, NUNCA VI”

A comunicação é o acesso ao entendimento, à concórdia, à paz.

Sem ela, a guerra é iminente; as intenções, não declaradas nem conhecidas; em suspeição o bem ou o mal em igual proporção.

A fala humana cifrada em fonemas é um recurso técnico que a inventividade do homem criou sabiamente para assegurar, agilizar a comunicação.

A paz é o diálogo perfeito para o qual todos os esforços devem se voltar.

A congregação social sendo uma macrorreunião, é ela que apura a totalidade dos resultados parciais de desempenhos, principalmente na família, o laboratório de ensaio para a apresentação social coletiva, sem portas nem janelas, anfiteatro a acolher todos os atores naturais em cena de comportamentos reais vivendo e sendo personagens de si mesmos.

Atualmente as megalópoles têm sofrido o constrangimento no resguardo e mesmo omissão de informação.

A gentileza do auxílio pela comunicação está sendo reduzida cautelosamente.

A amnésia social é uma estratégia ou haveria surto de ocorrência patológica?

O comportamento advindo de uma informação é evitado por amor à própria existência.

Avultam assustadoramente os sociopatas, denunciando falhas na educação familiar, baixas de espiritualidade.

O homem quanto menos investimento houver de modo a que possa transformar-se, estabelecendo marco divisor entre ele e a irracionalidade animal, mais se achará identificado em usos e costumes com os animais, embora no disfarce da sofisticação “civilizatória” em criação de armas mortíferas (algumas silenciosas) que facilitem a eliminação de seus desafetos pessoais, de modo instantâneo, sem atrito corporal nem derrame excessivo de sangue, hematomas ou dramas em desejos de sobrevivência.

A existência humana individual sem cultura moral, espiritual e da ciência secular, é o vazio cujo espelho o homem-fera enxerga o semelhante pela mesma forma: sem valor em si, no outro não vê; não valoriza a sua, tampouco a vida alheia; a morte, um evento que lhe é dado provocar a preço ínfimo, com segurança, viabilidade de fuga e comodidade, basta possuir uma arma e uma motocicleta para impunemente ser serial killer, profissional moderno aliciado de qualquer camada social, porque atualmente não é uniforme o gráfico das estatísticas, considerando os desajustes oriundos somente da pobreza/exclusão social.

Por isto que o hábito de informar tem arrefecido o ânimo do cidadão nas grandes (e mesmo) pequenas cidades, que perde o prazer, a gentileza de fazê-lo.

É uma mentira ou omissão preventiva de maneira a não estar envolvido injustamente e considerado delator, o X9, para crimes de acerto de contas etc.

O vizinho do lado, morador há séculos, de papo, futebol, dominó e cerveja, nunca foi visto, nem sabido que more ali: é a resposta ideal ao interlocutor, até porque o inquirido é quase sempre novo, recém-morador na área e que pouco conhece, a conselho da prudência e do silêncio, a menos que o dono daquela banca de jornal o saiba...

Seraphim
Enviado por Seraphim em 20/04/2023
Código do texto: T7768837
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