Um sonho de liberdade (BVIW)
Quando criança recortei uma imagem de um pássaro voando e colei no armário do meu quarto. Olhava para aquela figura e a traduzia como sendo de liberdade o seu significado. A partir dali comecei a despertar para conquistar a minha. Sabia, de antemão, que não podia voar, mas, com passos firmes e determinação, podia ser livre, leve e solta.
É claro que esse sonho virou desejo e me ajudou a aprender sobre autonomia, conquistas e responsabilidades. Quanto mais desejava a liberdade, mais descobria a importância do pensar e do agir; e tê-la exigia, de mim, desenvolver competências e habilidades. Com a soma de conhecimentos ao longo dos anos, percebi que fazer escolhas é, sobretudo, responsabilizar-se pelas decisões; consequentemente, condição essencial para adquirir autonomia.
Assim, com a experiência fui conquistando a minha liberdade de acordo com a capacidade de administrá-la. Nesse processo de autoaperfeiçoamento continuei lapidando as competências e corrigindo as imperfeições.
Nessa retrospectiva constatei que tive diferentes liberdades de acordo com as fases da minha vida e dos respectivos contextos. Tive liberdade limitada para brincar na infância, liberdade vigiada na adolescência e liberdade responsável na fase adulta. Na atual fase, tenho liberdade, porém respeitando os limites da terceira idade. Enfim, foi bom reconhecer que em todas as fases da minha vida tive liberdade suficiente para viver feliz.
Iêda Chaves Freitas
18.04.2023
Tema da semana: Que tanto de liberdade tenho?