LIVRE SOU? (BVIW)
Não há como falar a palavra liberdade, sem que ela me remeta ao bom e inesquecível samba de certo carnaval “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”. Logo já imagino um pássaro imenso sobrevoando o país, o mundo, deixando sobre todos os seres a sensação de um sentimento que talvez seja o mais cobiçado entre os homens.
Liberdade de pensamento, de expressão, de crença, de escolha e tantas outras liberdades: até que ponto somos livres e respeitados para escolher o que desejamos e gostamos? Ao longo da História Universal, pensadores e filósofos se debruçam sobre o tema. Mas liberdade é eterno sinônimo de discussão. Até onde vai a minha? Até onde começa a do outro? Sendo um direito mundialmente reconhecido, esse tesouro de valor inestimável, muitas vezes, é limitado e negado em diversos contextos.
Eu, de mim, e por mim, penso que apenas fingimos ser livres. Uma sociedade que impõe padrões não pode ser livre — mesmo que regras e mandamentos sejam necessários à civilidade entre as pessoas. E aí há tantos paradoxos que esbarram nas leis. Se "a esperança é a última que morre", resta-nos, portanto, embarcar um tantinho no pensamento de Tiradentes, o herói da independência: Liberdade, ainda que tardia.
Tema da Semana: Que tanto de liberdade tenho? (crônica)