A chuva que cai lá fora
Cercado por quatro paredes pela pequena janela vê a queda das gotículas baterem na vidraça. Chuva providencial, que molha a terra no campo, lava as calçadas, irriga os canteiros de flores, e propicia lembranças de outrora. Nessa sua queda vertiginosa não só inundam as ruas, mas da sobre vida a quem estava morrendo de sede, porém vejo encharcado quem dormiu no relento, e sem nenhum proveito, recolhe o último lodo e desce pela do lobo faminto, e umedece pé do poste que ilumina a via pública.
Ouvia sempre dizer que os poetas ao verem a chuva pela janela, aumentavam mais suas inspirações. Lembra de sua mãe servido o chá quente, chocolate, ou cafezinho acompanhado com pipoca preparando a cama no sofá para assistirem ao desenho animado!!!!!
Fez uma promessa!!!! Quando sair dali, vai procurar seguir as leis da natureza, pretende morrer de causas naturais, Jesus prometeu uma nova oportunidade para quem nascer de novo.
A gota que molha a toalha da mesinha nesse cubículo se mistura com a deriva da chuva lá de fora, o carcereiro vai pensar que foi algo que está tomando e esparramou, mal sabe ele que é o encontro da minha lágrima com as gotículas de uma chuva intermitente digna de uma estação de inverno.