A estratégia de Putin
Nestes dias turbulentos o mundo tem acompanhado a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia. O que se passa na mente de um governante como o Putin, o qual vem se revelando ter uma mente maquiavélica? Vejamos.
Muitos homens têm se destacado como estrategistas em planos para bem e para mal, tanto do seu povo como da humanidade. Alguns passaram a história como vilões, outros, como mocinhos. De muitos foram descoberto as suas ideias maquiavélicas e doentias de dominação até mundial. Quantos impérios com domínio global já existiram e subjugaram nações e povos, mas que passaram e nem seus centros de poder existem mais. Foi a Babilônia, a Média e a Persa, a Assíria, etc.
Foram dominações que existiram, foram fortes, subjugaram muitos povos, mas foram extintas. Em uma escala menor, houveram muitos outros dominadores, como turcos, mongóis, espanhóis, ingleses, portugueses, godos, visigodos, etc.
Atualmente algumas nações têm também buscado estender o seu domínio além das suas fronteiras querendo ter alcance global. É o caso dos EUA, China, Rússia. E esta, apesar de ter um vasto território, não parece satisfeita com isso.
O seu principal mandatário, Vladimir Putin, elaborou um plano muito astuto de longo prazo para subjugar um pequeno país limítrofe daquela nação. Assim, fez projetos em parceria com a Ucrânia, nos quais os cientistas e engenheiros de ambos os países trabalhavam conjuntamente e obtinha a cooperação destes para os seus objetivos espaciais; encomendavam muitos artefatos destes etc. Assim, parecia um país amigo e que queria o bem do outro país.
Mas, isso não era coisa de amiguinhos não. Assim, o seu líder maior alugou um território para instalar uma base militar nele, na Criméia, e construiu uma ponte super resistente entre o seu país, a Rússia, e esse território do amiguinho, a Ucrânia. Ora, ora, meu amigo, o amiguinho estava cego, e não percebeu a estratégia maquiavélica do Putin. Também, em um gesto de aparente desejo de pacificação, propôs eliminar o arsenal nuclear da Ucrânia, no que foi aceito.
Como estratégia, fez parceria com os países europeus para fornecer gás para eles, a fim de torná-los dependentes dele, e introduziu cidadãos seus no próprio governo desses países, como Alemanha, Polônia, etc. Invadiu a Geórgia, sem resistência das nações que já estavam dependendo das suas fontes de energia, como gás e petróleo; influenciou sobre os governos das nações dos países do seu entorno nos quais tinha interesse e dentro da sua esfera de alcance. Até no próprio governo da Ucrânia colocou espiões. Aliciou pessoas para fomentar discórdia e desejo separatista do país amigo, financiou essa guerra e promoveu seu interesse. Assim, já com tudo pensado há pelo menos uma década, invadiu o país amigo com uma força brutal e avassaladora. Tanto que os países amigos da Ucrânia não acorreram em defesa dela porque julgaram que não havia como escapar, já que o poder estava com o agressor e invasor.
Como parte da estratégia, dizia estar defendendo os seus cidadãos que viviam nas regiões invadidas, dizendo que o seu objetivo era desnazificar aquele pais; alegou o fato de a Ucrânia estar querendo fazer parte da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, e que poderia haver a instalação de bases militares com Arsenal nuclear junto à fronteira com a Rússia, enfim. Um monte de argumentos aparentemente razoáveis. Mas, que caíram por terra quando ele, o Putin, se deixou trair e declarou que o que ele quer mesmo é ter a Ucrânia como parte do seu domínio territorial. Isso porque os engenheiros ucranianos são muito habilidosos, pois, apesar do tamanho da Ucrânia, foram capazes de construir o maior avião do mundo, o Antonov 225.
Isso é a mente astuta de um homem tido como cristão, mas que de cristão não tem nada.
Desde o início da invasão da Ucrânia que eu disse que o Putin deu um tiro no próprio pé. Pois, quando ele pensava que iria congelar a Europa, esta obteve e desenvolveu energia alternativa, como o Hidrogênio Verde, e que vai ser uma fonte de energia limpa, não dependendo das fontes de energia russa, e fazendo que esta empobreça, por não ter mais os compradores próximos das suas commodities.
O fiasco dos grandes impérios não serviu de exemplo para o Putin. Se os governantes atuais fossem sábios, veriam o que houve com os grandes homens e domínios que houveram, e não colocariam as suas confianças em coisas que não promovem paz, segurança e bem estar.
Guarulhos SP, 18/04/2023
Oli Prestes
Missionário