COLONIZADORES
Vi há pouco uma postagem em que aparece uma francesa jogando moedas para crianças vietnamitas. Trata-se de filme antigo, talvez da década de 40 ou 50 do século passado, mas que demonstra cabalmente como os europeus colonizadores agiam (e ainda agem) para com o resto do mundo.
Migalhas para ti e tudo para mim.
A raiz histórica dá conta que o europeu, sem distinção de classe social, comeu o lado podre do pão que o diabo amassou durante sua existência. Fome, miséria, doenças, analfabetismo, péssima infraestrutura, religiosidade exacerbada e ignorância generalizada.
A coisa melhorou um pouco com o advento das grandes navegações, descobrimento de novas terras, maior disponibilidade de bens e ouro, muito ouro. Antes só portugueses e espanhóis, depois ingleses, franceses, belgas, holandeses, etc. instalaram-se nos núcleos humanos por todo mundo a fim de amealhar as fortunas que hoje colocam a Europa no rol de primeiro mundo, mesmo com a desigualdade das economias e condições de vida nos seus diversos países.
A exploração sistemática de todo e qualquer bem, inclusive o tráfico de pessoas escravizadas, não permitiu universalizar as condições para que todos atingissem o mesmo nível de desenvolvimento do colonizador, que apesar de impor a língua, a religião e os costumes, mantem ainda hoje bem definido quem manda e quem obedece, na maioria das vezes pela força de privações, armas e boicote comercial.
Proibida a transmissão dos costumes por seguidas gerações, fez com que desaparecessem as culturas e a moral dos povos que nunca foram aceitos como pertencentes aos grupos dos invasores. E até que se defina a nova identidade, são mantidas as práticas de exploração das riquezas minerais e da biodiversidade por convênios oficiais ou conchavos espúrios, como acontece descaradamente na Amazônia brasileira.
Ao mesmo tempo em que foram tolhidas a liberdade e as tradicionais condições de vida dos povos dominados nasceu a animosidade contra o invasor.
Não digo que todas as misérias do mundo são fruto desses colonizadores, mas não podemos deixar de creditar a eles a maior parte delas, assim como as condições propícias à disseminação das ideias do comunismo que encontra na carência generalizada, campo fértil para impor a falácia de ideologia salvadora.
Entretanto as mortes de mais de cem milhões de pessoas dos locais onde o comunismo foi implantado e que nunca deu certo, dão conta de que, na realidade, é sair da chapa quente para cair no braseiro.