De fato, a esperança é a última que morre...
Deitada no chão da rua...
Com as costas viradas para o asfalto,
um corpo agora frágil sentindo a dor daquela superfície gélida.
Quando menor,
a menina gostava de acreditar que a vida era mágica e os adultos que estragavam tudo, mas então,
aquela garota cresceu e presenciou coisas que a fizeram questionar a beleza do mundo.
E enquanto estava deitada ali,
Esperava pacientemente que a passagem do tempo curasse as suas feridas.
É inegável que a garota já caiu muitas vezes e sabia exatamente como funcionava o processo de cura,
ele era lento e delicado...
No entanto,
suas feridas agora eram mais profundas que chegavam a doer na própria carne como se garras rasgasse a sua pele toda vez que ela começava a se curar,
Forçando-a um recomeço sofrido tanto para o corpo quanto para a alma.
O que fazer quando você continua a se machucar,
Antes mesmo das últimas feridas se fecharem?
Aquele corpo já estava cansado de lutar,
saturado dessa dor que parecia não ter fim.
Cada particula de energia que lhe restava,
foi gasta para curar feridas passadas.
E no entanto,
elas continuavam a surgir.
Isso a deixava sem esperanças.
Ela queria um motivo para ficar, mas encontrou inúmeros motivos para ir.
Ela queria paz,
mas não sabia como conseguir...
Ela queria lutar,
mas a sua mente insistia que o melhor era desistir.