POÇO SEM FUNDO DE DESEJOS E AMBIÇÕES
Os sábios do passado concluíram que todas as coisas e entes que existem, tanto no micro cosmo quanto no macro cosmo, cumprem com suas funções específica, através das quais as coisas e os entes vivem situações de harmonia e alegria, definindo assim a vida boa.
Esses sábios concluíram com uma série de deduções:
O vento venta
O pássaro voa
O estômago digere
O Sol ilumina
A árvore frutifica...
Para os filósofos clássicos a felicidade se estabelece quando o ser cumpre de forma exitosa a função para qual o ser foi designado.
Já o ser humano, qual é a função humana, específica, no contexto da existência no universo?
Os sábios iluministas, depois de examinarem profundamente os sábios da antiguidade, passaram a estudar e a pensar sobre o significado e a específica função do ser humano na existência; já que o antigo Sócrates concluiu que: "Só sei que nada sei".
O sábio iluminista Imanuel Kant definiu a condição do ser humano da seguinte forma: “A missão suprema do ser humano é saber o que precisa para ser humano.”
Por esse motivo a raça humana, no coletivo e individualmente, nasce e morre sem estabelecer em si as condições para a vida boa e feliz. Por que na sua condição de ser pensante e construtor, o humano não consegue definir completamente sua especificidade no contexto universal.
O ser humano criou mecanismo que faz vento, criou objeto para voar, criou formas de facilitar a digestão, criou a luz artificial e já está no caminho de possibilitar a criação de frutos sem a necessidade da árvore.
Em suma: o ser humano é um poço sem fundo de desejos e ambições incapazes de serem saciados, e que por esse motivo nunca definiu sua condição especifica no cosmo universal, criando a cada momento objetivos novos dentro do qual o ser humano vai tentando se adequar sempre querendo mais.