SANGUE NO PÁTIO
A extrema direita se movimenta nas redes sociais para levar pânico à sociedade. O ambiente de ódio e violência, marca do governo anterior, segue forte trazendo insegurança à população, com o objetivo de atrapalhar ações do atual governo e responsabilizá-lo perante a opinião pública.
O modelo recente são os ataques às escolas e universidades, que são a parte mais vulnerável, a que mais repercute e comove quando sofre ataques como o que sofreu a creche em Santa Catarina e o colégio estadual em Goiás.
O movimento fascista vem crescendo e tem células em quase todos os países. O Brasil é considerado estratégico por exercer liderança na Amárica do Sul, por ser o quinto no mundo em extensão territorial, em população, e com experiência na organização e formação de lideranças e grupos fascistas.
Os pais, com filhos nas escolas, vivem um clima de terror com as ameaças de invasão e extermínio feitas por grupo extremistas na internet. Muitos estão mantendo os filhos em casa, o que significa que o plano terrorista/fascista está logrando êxito.
Diretores e gestores escolares ficam no meio do fogo cruzado das fake news, são forçados a tomarem providências diante de um inimigo oculto e se rendem, ao ponto de alguns terem contratado mão-de-obra para fazer a segurança, o que os envolvem e os tornam reféns do crime organizado local.
Uma pessoa armada na porta da escola, ou um carro de polícia, são paliativos e não a solução.
Ao que parece, na maioria dos casos, os ataques são realizados por alunos ou ex-alunos, que conseguem o acesso ao prédio escolar sem nenhum impedimento ou suspeita. Muitos são membros ou simpatizantes de grupos que pregam o nazismo através das redes sociais, que colecionam símbolos nazistas e análogos ao nazismo.
O Ministério da Justiça montou uma força tarefa para combater essas ações. A operação conta com a participação das delegacias contra crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras, que atuarão de forma alinhada com as estratégias da pasta.
Diante desses fatos, é dever dos pais monitorar e administrar o tempo que os filhos passam trancados no quarto com o smartphone e aparelhos com acesso à internet. É necessário que percebam o que levam dentro das mochilas, porque o assédio fascista é uma realidade, está muito bem estruturado nas redes e fora dela, às vezes dentro da própria residência.
Ricardo Mezavila