Je$u$ Cri$to, o $enhor

Hoje, ao vir para o trabalho, parado em um cruzamento, passou por mim em um carro de luxo (pesquisei e descobri que custa, na versão mais barata, R$ 208.000,00, na mais cara R$ 283.000,00) um conhecido pastor de uma igreja evangélica da cidade.

Há mais ou menos dois anos, um pastor de outra denominação teve quadro gravíssimo consequente de Covid, e sua família e igreja pediram ofertas para custear as despesas (segundo o próprio, as despesas foram mais de R$ 500.000,00). Este pastor residia em apartamento de luxo, possuía carro de luxo, e filha cursava curso de medicina em faculdade particular em outra cidade; nada dispendeu de seu dinheiro ou de seus bens para pagar o tratamento, porque várias pessoas pagaram todas as despesas.

Pastores com altíssimos salários em nossos dias substituíram os padres dos tempos do Império no Brasil. Igrejas evangélicas com colunas de mármores, altares com ouro, substituíram os antigos templos católicos do Brasil colônia. Pastores e igrejas aliados aos poderosos, atrelados ao Estado, tomaram os lugares dos padres, de 1500 até o início da República.

Enquanto milhões passam fome, enfrentam filas para tratamento de saúde, líderes religiosos milionários vestem-se com roupas de grife caríssimas, fazem harmonização facial, passam férias em Miami, viajam em seus próprios aviões, internam-se, quando doentes, nos hospitais mais caros do país.

Estes salafrários, vendilhões da religião, exploradores da fé alheia, andam completamente contrários ao exemplo de Jesus, que não tinha onde dormir ou comer, que chegou montado em um jumento para ser saudado em Jerusalém. Hoje, estes exploradores da fé chegam em Porsches, Bmw's, Jaguar, Mercedes... O Deus deles é Mamon, não é Jesus Cristo.